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A Doutrina do Daime foi fundada por
volta de 1930, em Rio Branco - Acre, pelo Mestre Raimundo Irineu Serra,
maranhense que conhecera anos antes, com os caboclos nas fronteiras com o Peru
e Bolívia, a bebida cerimonial enteogênica ayahuasca (1 - infusão de água, cipó
Banisteriopsis caapi e folha Psychotria viridis; 2 - de uso milenar por várias
tribos e nações indígenas da região amazônica sempre associada a rituais e
medicina; 3 - suas propriedades terapêuticas estão sendo validadas por diversos
estudos científicos recentes sendo certo que não apresenta toxicidade ao
organismo nem causa nenhuma espécie de dependência; 4 - existem outras
egrégoras e irmandades que utilizam o mesmo chá). Unindo a esta fonte ancestral
o cristianismo esotérico, a Doutrina vem buscar e afirmar a verdade espiritual
e moral universal e eterna, através do autoconhecimento, sendo reconhecidamente
uma manifestação espiritualista cultural legitimamente nacional. Sua prática,
dentro dos Centros devidamente constituídos e autorizados, é perfeitamente
lícita e protegida por lei. Para o leigo, Santo Daime é uma coisa só,
entretanto há diversas dissidências e ramos que surgiram após o falecimento do
fundador que alteraram deliberadamente sua constituição primitiva. Por isso a
importância de saber qual linha se segue em cada lugar.
GRAFIA CORRETA
DA PALAVRA JURAMIDÃ
"No fim das palavras como falam, batem, alguém, am e
em não são dígrafos, porque representam um ditongo nasal, portanto, dois
fonemas." (Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, Domingos Paschoal Cegalla,
Editora Nacional, 41ª Edição, pág. 31).
“Ô em Juramidã representa um
único fonema.
Grafia utilizada no CICLU – ALTO SANTO, guarda
concordância com a de entidades afro-ameríndias como Iansã, Nanã, Tupã, ou
mesmo de palavras oxítonas terminadas em a nasal, como irmã, talismã, afã, anã
etc.