REGIMENTO INTERNO DO CICLU FLOR DO CÉU –
ANO 2023
I - PRINCÍPIOS GERAIS
1 – O CENTRO DE
ILUMINAÇÃO CRISTÃ LUZ UNIVERSAL FLOR DO CÉU, entidade civil sem fins
lucrativos, institui, em sua sede, por sua Diretoria e Assembleia Geral, o
presente REGIMENTO INTERNO, aos 07 dias do mês de setembro de 2023.
2
– O CICLU FLOR DO CÉU é uma entidade da Doutrina do Daime, conforme
desenvolvida pelo MESTRE RAIMUNDO IRINEU SERRA, que realiza trabalhos
espirituais e atividades correlatas nesta linha e congrega uma irmandade de
pessoas livremente associadas, em tudo conforme o presente REGIMENTO.
3 – O objetivo do CICLU FLOR DO CÉU é a busca da evolução e do
autoconhecimento, sem fanatismos, superstições ou fantasias, trabalhando
pelo aperfeiçoamento da própria personalidade e pelo bem de toda a
humanidade, e a prática da caridade cristã através da doutrinação dos
hinários, observado o mandamento primeiro, que é amar a DEUS sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo, equilibrados fé e razão, trabalho
material e trabalho espiritual, conhecimento e ação social positiva,
conforme os ensinamentos do MESTRE.
4 - O presente REGIMENTO INTERNO
é um esforço de ordenação e documentação do ritual praticado nos centros
autônomos da linhagem do ALTO SANTO e adaptado, em poucos pontos, para o
CICLU FLOR DO CÉU. Não tendo a pretensão de esgotar o assunto ritual, mas
sim de informar e adotar algumas normas e princípios estabelecidos pelo
MESTRE em seu primitivo Centro, terá revisão e edição anual.
5 – O
CICLU FLOR DO CÉU é uma entidade autônoma e independente em relação a
terceiros, não sendo filiada, institucionalmente, a qualquer centro matriz e
nem mantendo filiais.
6 – Os casos omissos serão resolvidos pelo
Presidente, pela Diretoria e pela Assembleia Geral.
II – AOS
FILIADOS
1 - As terminologias tradicionais usadas são:
DOUTRINA, e não religião, seita ou culto - com tradição, fundamentos,
liturgia, disciplina e hierarquia bem determinados e próprios; CENTRO, para
designar o núcleo; SEDE, e não igreja, para designar o local dos trabalhos;
PRESIDENTE, e não padrinho, para designar o dirigente da casa.
2 -
Não se admite qualquer tipo de mistura com outras linhas, credos ou
religiões, entre eles a umbanda, o candomblé, o kardecismo, o xamanismo, as
religiões orientais, a espiritualidade “nova era”, as terapias diversas,
etc. – que fique claro o nosso respeito a todas essas ciências espirituais -
ou incorporações e manifestações mediúnicas exteriores quaisquer que sejam,
pois não são estes os objetivos e a natureza desse trabalho.
3 - A
maior capacidade de firmeza, concentração, uniformização, harmonia,
aprendizado e bom direcionamento mental e fraternal para a mais perfeita
execução da ordem do trabalho, denota maior grau de desenvolvimento pessoal.
Dentro dos nossos batalhões não pode haver intrigas, ódios ou
desentendimentos, por mais insignificantes que sejam.
4 - Deve-se
cultivar a calma e a tolerância para consigo mesmo e para com os outros.
Ninguém tem o direito de chamar a atenção de ninguém nos trabalhos,
evitando-se advertências entre fardados, com exceção do presidente e dos
fiscais, mesmo assim, individual, discreta e educadamente. Não se deve
comentar o que se passa nas sessões com quem não participou das mesmas, não
se deve criticar ninguém que não esteja presente.
5 - Não se deve
convidar ninguém para tomar o DAIME, ou oferecê-lo como promessa de cura, ou
se fazer qualquer tipo de proselitismo, devendo-se ter discrição pública ao
se falar sobre o assunto.
6 – O CICLU FLOR DO CÉU não é uma
comunidade rural e não tem condições de hospedar ou de oferecer qualquer
tipo de tratamento terapêutico diverso.
7 - É vedada a abertura de
trabalhos em casa - salvo autorização especial, bem como a guarda do DAIME –
salvo em pequena quantidade para uso em situação emergencial, devendo ser
guardado em oratório com porta e nunca em quarto de casal.
8 – Os
hinos recebidos devem ser apresentados à Diretoria para aprovação, lembrando
que não é permitida mistura de linhas. O hinário não deve ultrapassar a
marca de cento e trinta e dois hinos. É vedada a execução ou audição de
hinos em ambiente público não adequado, e mesmo entre irmãos quando não haja
situação de silêncio e atenção propícia.
9 - Na sede e nos trabalhos,
utiliza-se institucionalmente apenas o DAIME. Qualquer outra substância,
portanto sem vinculação alguma com o centro e seus objetivos, sujeita o seu
portador, pessoalmente, às determinações da legislação brasileira.
10
– Para melhor preparação e aproveitamento, é necessário o cumprimento de
dieta sexual, alcoólica e de outros inebriantes que alterem a consciência, a
partir de três dias antes dos trabalhos e dos feitios.
11 - É dever
do filiado:
a - estar presente em todos os trabalhos oficiais e feitios,
salvo impedimento justo e devidamente comunicado.
b - estar em dia com o
estudo dos hinários e do ritual através dos ensaios e/ou das gravações
autorizadas, bem como apresentar-se obrigatoriamente no ensaio quando
individualmente convocado pela Diretoria.
c - estar em dia com a
tesouraria.
12 – Ao chegar ou sair todos devem se cumprimentar, com
atenção especial aos visitantes, que devem ser sempre muito bem recebidos e
tratados. Chegando-se à sede, deve-se fazer o sinal da cruz em frente ao
cruzeiro de terreiro. Ao ouvir o sino todos devem se dirigir para a fila;
depois de tomar o DAIME todos se posicionam em seus lugares, aguardando o
início do trabalho. A fila de DAIME é em ordem decrescente de altura,
fardados primeiro. Ao receber o DAIME, utilize a mão direita e diga: "Deus
nos guie". Passe o copo para a mão esquerda, benza-se, volte o copo para a
mão direita e tome.
13 – É necessário estar com as fardas
padronizadas, limpas e passadas. Homens com sapatos sociais, meias, cinto e
gravata pretos. Mulheres de meias e calçados brancos. Estrelas, coroas,
rosas e palmas conforme padronização da casa. Blusas de frio brancas de
modelo aberto, cachecóis e gorros brancos. Deve-se evitar qualquer outro
tipo de adereço sobre a farda. Em épocas de chuva o calçado de baile não
deve ser usado em ambientes externos à sede.
14 - As fardas devem ser
vestidas - ou pelo menos compostas com estrela, gravata, coroa, saiote,
alegrias, talabarde, rosa e palma, somente nos recintos do centro, e neles
devem ser trocadas, ou pelo menos delas retirados aqueles adereços, assim
que acabam os trabalhos.
15 – Ao entrar ou sair da fila de bailado ou
da fila de cadeiras quando se faz o trabalho sentado, deve-se fazer o sinal
de continência com o braço esquerdo e esperar resposta do puxador da fila,
dando-se ciência a este se vai haver demora para voltar. Sempre deve-se
entrar ou sair pela frente da fila, do lado do puxador, e esperar o hino ou
os vivas terminarem. Não se permitem espaços vagos entre os lugares da mesma
fila nem por um hino - se alguém sair e não for demorar, o fardado
imediatamente após avança um espaço sendo seguido pelos outros, o último
lugar daquela fila fica vago e, quando a pessoa retorna, todos voltam aos
seus lugares anteriores; se, porém, for demorar, o lugar deve ser preenchido
por alguém da fila de trás. O puxador da fila é responsável pelo alinhamento
correto da mesma. Ao entrar ou sair da mesa, deve-se usar o lado da
cabeceira da mesma.
16 - Não deve haver comunicação entre homens e
mulheres no trabalho, exceto entre fiscais, havendo necessidade.
17 -
O período permitido para descanso durante o trabalho é de três hinos, com
exceção natural de mães com filhos pequenos, grávidas, crianças,
deficientes, doentes e idosos.
18 – O maracá, feito conforme
padronização da casa – modelos masculino, feminino e infantil -, é
equipamento individual obrigatório nos trabalhos de bailado, e terá uma
pessoa responsável pela fiscalização, afinação e manutenção geral. O maracá
é sempre batido na palma da mão, na altura do umbigo.
19 - É vedado o
uso de cadernos na mão, sendo permitido o uso de estantes individuais, desde
que não atrapalhem o bailado e a livre circulação.
20 - O bailado, as
vozes, os maracás e a música devem ser uniformes e compassados, firmes porém
suaves, sem que nenhum desses elementos se sobreponha aos outros; e sem que
nenhuma pessoa se sobreponha às outras também, com tudo formando e
objetivando a alegre harmonia dos nossos hinários. As filas são em ordem de
altura. O bailado deve ser todo por igual, como uma parada militar,
observando-se o puxador, evitando-se passos e trejeitos desiguais. Não se
deve ficar olhando direta e fixamente para os outros, a fim de não
interferir no trabalho alheio e no seu próprio.
21 – Regra geral, os
músicos fazem a entrada, o puxador do hinário canta os primeiros versos e dá
o ritmo no maracá, e só então, na repetição dos primeiros versos, todos os
outros entram bailando, cantando e tocando maracá. O músico de outro centro
poderá tocar caso tenha participado dos ensaios com os músicos locais. É
vedado o uso de atabaques, tambores e instrumentos de percussão.
22 –
No período de concentração efetuada não se deve produzir qualquer ruído,
devendo-se manter a coluna ereta, cabeça levantada, mãos no joelho e olhos
fechados. Regra geral, as concentrações se iniciam pontualmente às 20:30 hs.
Não será permitida a entrada de participantes que chegarem após o início da
concentração propriamente dita. A mesa é ocupada, tradicionalmente, apenas
por homens.
23 – Nas concentrações é servido o DAIME apenas uma vez,
devendo o trabalho terminar antes das 23:30 horas.
24 – É
absolutamente necessário o mais profundo silêncio na sede, em qualquer
trabalho. Quando for preciso comunicar-se, deve-se falar apenas o
necessário, baixo e ao pé do ouvido do interlocutor, inclusive os fiscais.
Deve-se evitar o toque físico durante a sessão, principalmente quando a
pessoa estiver mirando ou em passagem delicada. Não se deve fazer uso de
água ou de outras substâncias ou alimentos durante os trabalhos, exceto nos
intervalos.
25 – O Comandante é o chefe geral da fiscalização. Os
fiscais são autoridades no trabalho e devem agir com educação e gentileza, e
devem ser, da mesma forma, prontamente atendidos pelos demais, sem
discussões ou impasses, em um bom clima de cooperação mútua. Quando
escalados pelo Comandante a assumir horário e posto de fiscalização, todos
devem estar prontos e disponíveis.
26 – Os vivas são dados apenas nos
hinários e por dois homens em pé, destacados para essa função,
preferencialmente à cabeceira da mesa, devendo-se ater àqueles tradicionais
(1 - o divino pai eterno, a rainha da floresta, jesus cristo redentor, o
patriarca são josé, todos os seres divinos, o nosso chefe império, toda a
irmandade. 2 - o santo cruzeiro, o nosso presidente, o dono do hinário -
exceto no Hinário O Cruzeiro -, o (a) (s) aniversariante(s) se for o caso) -
e são respondidos por todos, homens e mulheres, de maneira uniforme e
solene. Durante os vivas não deve haver deslocamento, nem para se sentar, se
estiver de pé.
27 – É vedado gravar, filmar ou tirar fotos durante a
sessão, exceto em situações especiais, com autorização e dentro dos limites
estabelecidos.
28 – Com os trabalhos abertos, é vedado o uso público
da palavra, exceto com autorização especial. Qualquer um que faça uso
público da palavra, inclusive o dirigente do trabalho, deve ter uma postura
positiva, transmitindo instruções e valorizando esforços, evitando-se
qualquer tipo de constrangimentos ou chamadas de atenção pessoais,
demonstrando boa vontade e gentileza para com todos. Após o encerramento e
antes da ordem "fora de forma" podem ser proferidas palavras de
agradecimento, instruções, avisos, etc.
29 - São vedadas aos filiados
visitas a outros centros, exceto com autorização do presidente.
III – VISITANTES, ESTÁGIO, FARDAMENTO E FILIAÇÃO
1 – São admitidos visitantes:
a – não fardados em geral que,
desejando ou não tomar o DAIME, tenham lido o link Informações neste site e
solicitado visita ao Presidente, cinco dias antes do trabalho.
b –
fardados de outros centros em geral que, desejando ou não tomar o DAIME,
tenham lido o link Informações neste site e estiverem dispostos a
sujeitar-se às normas da casa.
2 - O DAIME não é administrado, regra
geral, a:
a - menores de idade que não tenham autorização expressa por
escrito de ambos os pais ou responsáveis;
b - filiados que estejam
suspensos ou declarados desligados;
c - visitantes que não tenham
cumprido, em trabalhos anteriores, as obrigações assumidas no termo de
requerimento e compromisso;
d - pessoas com problemas mentais ou
psiquiátricos, cujos médicos e tratamentos desaconselhem o uso.
3 –
Não é cobrado aos visitantes ingressos aos trabalhos, sendo no entanto
sugerida uma contribuição para as despesas de funcionamento.
4 –
Pede-se aos visitantes em geral não cantar alto se não participaram dos
ensaios e não estudaram pelas gravações autorizadas da casa. Espera-se do
visitante a postura educada de vir assistir, e não executar o trabalho.
5 – Ao visitante, após frequência continuada, é colocada pela Diretoria
a necessidade de integração aos princípios da casa.
6 – O irmão não
fardado que desejar assumir o fardamento e a filiação, bem como o irmão
fardado originário de outro centro que desejar filiar-se deve requisitar
estágio.
7 – O estágio consiste de um período instrutivo e avaliativo
onde o postulante assume a obrigação de participar de todos os trabalhos,
feitios, ensaios e mutirões.
8 – Ao ser considerado apto ritual e
administrativamente pelo Conselho o fardando adentra o recinto dos fardados,
com sua farda devidamente padronizada, passando a cumprir com as mesmas
obrigações dos demais filiados.
IV – A SEDE E OS TRABALHOS
OFICIAIS
1 – Na entrada, todos devem assinar o livro de
presença.
2 – Na sede há um recinto interno, onde bailam os fardados,
e um recinto externo ao setor de baile, ou varanda, onde ficam os
visitantes.
3 – A sede, a disposição das filas de bailado e a mesa
são retangulares, esta última com sete cadeiras. Na cabeceira da mesa fica
uma cadeira destacada, do MESTRE-IMPERADOR, ao lado da cadeira do
presidente.
4 – A mesa é composta apenas com o cruzeiro – havendo em
frente a este, no lado voltado para o fundo da sede, um castiçal com três
velas - e com jarros de flores. Não se usam estátuas e figuras de santos,
fotografias, copos de água, incensos, velas debaixo da mesa, etc.
5 –
Ao fundo deve haver lugar destacado para as bandeiras do Brasil, do Estado e
da Doutrina, e uma fotografia do MESTRE – IMPERADOR, bem como um palco para
os músicos, que não se sentam à mesa central.
6 – Regra geral, as
filas de bailado reservadas às crianças e jovens deverão ser ocupadas por
pessoas de até dezoito anos, salvo autorização especial.
7 – Os
trabalhos são divididos em:
A – Sessões de Concentrações – nos dias 15 e
30 do mês, salvo algumas exceções (consultar calendário anual de trabalhos).
B - Concentração com Hinário, quando a Concentração cair em dias de sábados
ou em vésperas de feriados. C – Hinários – trabalhos que são,
invariavelmente, executados nas noites das seguintes datas, com as seguintes
fardas e hinários:
05.01: REIS - O Cruzeiro - farda branca
18.02 :
ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE – Hinários diversos - farda azul
18.03 : SÃO
JOSÉ - O Cruzeiro - farda branca
QUINTA-FEIRA SANTA: Hinários das
mulheres - farda azul
23.06 : SÃO JOÃO – O Cruzeiro - farda branca
06.07 : PASSAGEM DO MESTRE - Missa e O Cruzeiro - farda branca
01.11 :
TODOS OS SANTOS E FINADOS – Vós Sois Baliza, Amor Divino, Seis de Janeiro, O
Mensageiro e Missa - farda azul
07.12 : VIRGEM DA CONCEIÇÃO – O Cruzeiro
- farda branca
14.12 : ANIVERSÁRIO DO MESTRE - O Cruzeiro - farda branca
24.12 : NATAL - O Cruzeiro - farda branca
8 - Os trabalhos de
Quinta-feira Santa e a Passagem do Mestre são realizados integralmente sem
vivas e fogos, sendo que o último pode ser feito sentado. No de Todos os
Santos e Finados são permitidos vivas e fogos até a meia-noite.
9 -
Os Hinários do item C acima são sempre abertos com o terço. Nesses trabalhos
há um intervalo de uma hora ao meio da sessão, sendo que, ao término deve-se
proceder ao encerramento geral, sem maiores delongas.
V -
TRABALHOS NÃO OFICIAIS, CERIMÔNIAS, ENSAIOS E MUTIRÕES
1 –
Havendo necessidade e quando alguém solicitar atendimentos de cura, será
designada uma comissão em benefício e atendimento daquele(s) caso(s)
particular(es), com realização de trabalhos, de preferência, nas
quartas-feiras.
2 – Havendo solicitação, será realizada missa de
sétimo dia, mês e/ou ano pela passagem de algum irmão falecido. A missa da
Passagem do Mestre é realizada antes do Hinário e a missa de Finados após o
hinário. Nas missas não é servido o DAIME e não se ocupa a mesa de centro.
3 - Os batizados serão realizados mediante requerimento e sem exigência
de filiação dos participantes, e serão lavrados em livro próprio, com
assinatura de testemunhas, nas festividades de São João e Natal, sempre ao
término dos trabalhos, ao raiar do dia.
4 – Serão realizados ensaios
e mutirões, quando necessários.
VI - FEITIOS
1 – São usadas apenas o jagube e a rainha. A fornalha é à lenha; o cipó é
colhido no terceiro dia da lua nova e é, regra geral, batido manualmente com
marretas de madeira.
2 – A colheita, preparação e bateção do cipó, e
o trabalho de fornalha são atribuições exclusivas dos homens. É vedado às
mulheres em geral adentrar ou mesmo se aproximar dos recintos de bateção e
da fornalha, bem como àquelas em dias de regra participar da colheita e
limpeza das folhas. Não existem trabalhos na área de feitio com participação
de mulheres.
3 – As proporções para a feitura do DAIME são:
a
- para panela de cozimento: 30 quilos de jagube, 7 quilos de folha, 60
litros de água pura natural, para se apurarem 30 litros de cozimento.
b -
para panela de DAIME: 30 quilos de jagube, 7 quilos de folha, 60 litros de
cozimento, para se apurarem, aproximadamente, 25 litros de primeiro grau.
4 – O DAIME de 1º grau é reservado para os trabalhos na sede. Os
aproveitamentos são de posse e guarda do Presidente.
5 - Todos os
participantes do feitio, em geral, devem alimentar-se frugalmente e manter
silêncio principalmente sobre qualquer questão não relacionada ao trabalho,
bem como cumprir a dieta sexual.
6 – Nos feitios, como nos trabalhos
e ensaios, é necessário o uso de calças compridas para os homens e saias
compridas para as mulheres, sendo vedado o uso de camisas e camisetas sem
manga, ou decotadas.
7 – É vedado o canto na bateção, exceto se
coordenado por um músico da casa.
Santa Luzia, 07 de setembro de 2023